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Maquiavel segundo Skinner

  • SKINNER
  • 24 de jun. de 2015
  • 2 min de leitura

O autor Inglês Quentin Skinner trás outra compreensão das ideologias de Maquiavel em seu livro intitulado “O Príncipe”. Skinner da mais relevância aos componentes originais dessa obra do pensador florentino.

Existiu durante os anos uma interpretação “maquiaveliana” dos estudiosos políticos a partir da leitura de Maquiavel. Eles cogitam e fazem surgir à idéia de que “os fins justificam os meios” literalmente (parafraseando Maquiavel). Além disso, fez surgir no imaginário e no senso comum de todos os que o estudam, a idéia de que Maquiavel seria alguém articuloso e sem escrúpulo, dando origem à expressão “maquiavélica” para designar algo ou alguém dotado de certa maldade, frio e calculista. Segundo Skinner, não se pode atribuir literalmente o conceito da frase de Maquiavel. Em certas circunstâncias, são necessárias atitudes contrárias às virtudes cristãs (a Fé, a Caridade e a Esperança) e morais (a Prudência, a Temperança, a Fortaleza e a Justiça) recomendadas na literatura dos espelhos de príncipe. Um exemplo que é colocado pelo autor é a avareza de um rei (SKINNER, p.156). De acordo com a doutrina da igreja Católica da época essa atitude seria ir contra a ordem divida de ajudar aos pobres e na obra de Deus (a igreja). Maquiavel defende que o rei necessitava ser avaro não só por uma questão de poupança, mas também de controle administrativo mais regulado e direcionado no seu reino. Essa idéia fica mais clara quando é utilizado o exemplo da tirania. Um rei não deveria ser tirano, temido, mas sim amável e carismático. Porem, segundo a análise de Skinner na escrita de Maquiavel, o rei deveria sim ser temido (SKINNER, p.155), pois isso iria dificultar uma possível revolução e tentativa de tirá-lo de seu posto, além também do poder de persuasão e temor perante seus inimigos de outros principados. Uma prova de que o pensamento de Skinner (p. 159) é coerente está nesse trecho do texto:

“Concluo, pois, voltando à questão de ser temido e amado, que um príncipe sábio, amando os homens como a eles agrada e sendo por eles temido como deseja, de apoiar-se naquilo que é seu e não do que é dos outros; deve apenas empenhar-se em fugir ao ódio, como foi dito.” (MAQUIAVEL, 1998 p. 101)

 
 
 

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